Como o ar sustenta um avião?


A velocidade de qualquer partícula pode variar tanto em módulo quanto em direção ao longo da linha de corrente. Um fluido está em regime estacionário quando todas as partículas que passam por determinado ponto do espaço têm a masma velodidade. Vamos supor que o ar tem um escoamento estacionário ao redor da asa do avião. Então, todas as partículas que passam pelo ponto C, por exemplo, o fazem com a mesma velocidade, indicada pela flecha correspondente. A flecha aponta a direção e o sentido da velocidade, cujo módulo é proporcional ao comprimento da flecha. Vamos supor ainda que o ar se comporta como um fluido incompressível.

P + rgy + ½ rv2 = constante onde P representa a pressão, r, a densidade e v, o módulo da velocidade do fluido, g, o módulo da aceleração gravitacional e y, a altura do ponto considerado no fluido em relação a um nivel de referência arbitrário.
Aplicando a equação de Bernoulli aos pontos A e B temos:
PA + rgyA + ½ rvA2 = PB + rgyB + ½ rvB2
ou:
PA - PB = ½ r[ vB2 - vA2 ] + rg[ yB - yA ]
O fator [ yB - yA ] representa a espessura da asa do avião. O termo rg[ yB - yA ], portanto, pode ser desprezado, resultando:
PA - PB = ½ r[ vB2 - vA2 ]
ou:
PA - PB = ½ r[ vB2 - vA2 ] + rg[ yB - yA ]
O fator [ yB - yA ] representa a espessura da asa do avião. O termo rg[ yB - yA ], portanto, pode ser desprezado, resultando:
PA - PB = ½ r[ vB2 - vA2 ]
Agora, como vB > vA, o lado direito da expressão acima é positivo. Assim, PA > PB, ou seja, a pressão na parte inferior da asa é maior do que a pressão na parte superior.

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